O senador Plínio Valério, presidente da CPI CPI das ONGs, se mostrou imensamente incomodado com os muitos pedidos da Funai, que na avaliação do parlamentar, trava-se uma guerra aberta contra a ida dos senadores da Comissão Parlamentar de Investigação em São Gabriel da Cachoeira.
A CPI vai ouvir indígenas da região do Interior amazonense, e diante da postura da Funai, Plínio cobrou do líder do Governo, senador Jaques Wagner, providências para barrar o boicote e as dificuldades impostas para a entrada dos senadores na Aldeia de Pari Cachoeira em missão oficial do Senado.
Além das exigências de vacinas, atestados e outras documentações, a coordenação da Funai por último proibiu a divulgação de imagens do encontro com os indígenas que denunciam abandono , miséria e exploração por parte de ONGs que atuam na região com anuência dos órgãos oficiais.
Plínio Valério se negou a assinar o ofício da Funai se comprometendo a não divulgar as imagens e avisou que amanhã cedo estará embarcando em aeronave da FAB para Pari Cachoeira e não será barrado pela Funai, já que está indo com uma CPI do Senado e não precisa de autorização do órgão que desde o início está colocando dificuldades.
“Atendemos a todas as exigências, mas não vou assinar esse documento. Se a Funai quer conflito vai ter conflito. A Funai está confundindo, eu não estou pedindo autorização, eu estou comunicando que vou. Sou um senador da República. Um órgão do Governo não pode ditar normas para uma CPI do Senado Federal. Já disse e repito: essa CPI não é contra o governo, direita ou esquerda, é a favor de uma Nação que quer ser soberana. A Funai é um órgão do governo, se o governo quer guerra, vai ter”, desabafou Plínio em discurso no Plenário.
Wagner disse que iria buscar informações sobre a decisão da Funai.
Plínio recebeu solidariedade de vários senadores presentes, que deixaram claro que a CPI tem poder de polícia e de Justiça e que não tem que pedir autorização da Funai para fazer uma diligência em território nacional.
“Parabéns por estar abrindo essa caixa de Pandora que é as ONGs na Amazônia, que recebem dinheiro de fora para sabotar o Brasil. Esse negócio de esconder imagens agora virou moda no governo. Se a Funai não quer mostrar é porque tem algo a esconder”, disse o senador Jorge Seif .
Durante a sessão da CPI, Plínio Valério denunciou que a coordenadora da Funai no Rio Negro, Dadá Baniwa, está coagindo lideranças indígenas ligadas a ONG Foirn a se manifestarem sobre a ida da comissão em diligência ao território indígena Pari Cachoeira nesta quinta-feira. Foi exibido um vídeo com áudio da dirigente da Funai pedindo a manifestação sobre a autorização para a entrada dos senadores em Pari Cachoeira.
“O ISA fez lavagem cerebral para a gente brigar entre nós. Fizeram lavagem cerebral e vieram para cá para mandar, como diz a história, dos pés para cima. Essa é a pergunta que eu vou lançar para V. Exa: Nós vamos fazer, obedecer a vontade de Dadá Baniwa?”, protestou , no vídeo, o líder indígena Domingos Tukano.
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ASCOM SEN P V