O sábado, 2, teve a primeira agenda oficial na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, com o governador Wilson Lima.
Após estar nas redes sociais numa onda de ‘memes’, e sendo ridicularizado por muitos devido a tal cobrança que faria, ou fará sobre a mega empresa Amazon, em ter este nome, e poderia estar se beneficiando com isto pelo o que é a Amazônia, o governador diz que quer saber se o Amazonas não ganha algo com isto.
Mas, seguindo sua agenda em sua participação na COP, Lima ressaltou o desafio do Brasil de transformar a comercialização de créditos de carbono em benefícios para a população.
Durante painel que contou com a participação do ministro do Turismo, Celso Sabino, o governador amazonense apresentou iniciativas do Estado voltadas para a área ambiental, além do saneamento básico e acesso à água tratada.
Wilson Lima disse dos desafios do Amazonas para avançar na economia sustentável são, principalmente, a proteção do bioma amazônico, o desenvolvimento socioeconômico e o enfrentamento das grandes distâncias territoriais. Com 1,5 milhão de quilômetros quadrados, o Estado investe em ações para ampliar o acesso ao saneamento básico, à água potável e desenvolver o turismo sustentável.
“Nós temos a maior extensão de floresta contínua do planeta e o nosso estado tem 97% dela preservados, isso é um ativo muito importante que nós temos, mas agora a grande pergunta é a seguinte: como é que a gente transforma isso em benefício em prol da nossa população?”, questionou Wilson Lima.
O Amazonas tem interesse de preservar a floresta, mas, destaca Lima, é preciso que as commodities verdes tenham valor real. Os discursos de preservação não incluem o cidadão e que ele tem a preocupação de que a venda dos créditos de carbono beneficie proprietários de grandes terras e não moradores de áreas de desenvolvimento sustentável, avalia o governador.
A fala do governador ocorreu durante o painel Estados Verdes, sob o tema “A experiência e os desafios dos Governos Estaduais na implantação de um modelo de desenvolvimento econômico sustentável que priorize a qualidade de vida dos cidadãos”, com a presença de outros governadores brasileiros, do secretário estadual do Meio Ambiente, Eduardo Taveira, empresários e estudantes.
Saneamento, Turismo e Água Boa
Quando o assunto é saneamento, uma referência do Governo do Estado é o Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamin), que beneficiou 72,9 mil famílias. A partir de 2021, o programa passou a ser de Manaus e do Interior (Prosamin+), e deve beneficiar 127 mil pessoas, com investimentos de R$ 420,3 milhões.
Dentro desse contexto, o Programa de Saneamento Integrado (Prosai) levou 50% de cobertura de saneamento para Maués (a 276 quilômetros de Manaus) e irá urbanizar uma área de risco de alagação em Parintins (a 369 quilômetros da capital). Ambos feitos em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
No turismo, outro destaque do governador, é o investimento de R$ 120 milhões desde 2019 no setor, com a ampliação do número de voos, inclusive de rota internacional com via direta para os Estados Unidos e para a Colômbia. No primeiro semestre de 2023, quase 180 mil turistas visitaram o Amazonas e a arrecadação com a atividade chegou a R$ 420 milhões, com 35 mil pessoas trabalhando direta ou indiretamente no setor.
O Estado avança com o projeto Água Boa, com a instalação de sistemas simplificados de coleta e tratamento de água, que capta e purifica água de rios, lagos ou poços, deixando própria para consumo. O projeto já instalou 505 purificadores em 53 dos 62 municípios do estado, beneficiando 45 mil famílias.
Amazonas na COP 28
Nos próximos quatro dias, o governador Wilson Lima cumpre uma intensa agenda de encontros com empresários, representantes de instituições financeiras e de outros estados brasileiros e países, em busca de reforçar investimentos para o desenvolvimento sustentável no estado.
O principal compromisso é o lançamento do Programa Amazonas 2030 para redução do desmatamento no estado, que será executado com recursos arrecadados a partir da venda de créditos de carbono. O objetivo é alcançar o desmatamento líquido zero no estado nos próximos seis anos.
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Secom