“Este conselho tem sido uma voz potente em defesa dos direitos das mulheres. Na promoção da igualdade e na luta contra a violência, seu trabalho tem sido fundamental no DF. Sabemos que ainda há muito a ser feito, por isso é fundamental que continuemos unidas e engajadas na luta por igualdade e respeito aos direitos das mulheres”, afirmou Dayse Amarilio na abertura da solenidade.
E assim segue o mês das mulheres na Câmara Legislativa do DF, quando foi realizada nesta semana sessão solene em homenagem aos 36 anos do Conselho dos Direitos da Mulher.
A iniciativa partiu da deputada distrital e titular da Procuradoria da Mulher na Câmara Legislativa, Dayse Amarilio.
A deputada também fez um apelo para sensibilizar a sociedade sobre a realidade de agressões que acometem muitas mulheres.
“Temos que nos indignar sempre que vemos uma mulher sofrendo. Para se chegar no feminicídio, muita coisa aconteceu. A mulher é agredida psicologicamente, emocionalmente. Aos poucos ela vai morrendo e tudo culmina no feminicídio, quando essa mulher tenta dar um grito de liberdade”, alertou Dayse Amarilio.
Secretária de Estado da Mulher e atual presidente do Conselho de Direitos da Mulher, Giselle Ferreira destacou o orgulho de estar à frente de um governo em que as mulheres ocupam espaços de decisão.
“Este é um governo que não fica só no discurso. Temos várias mulheres à frente de secretarias importantes, como na saúde, na educação e na justiça”, afirmou.
A advogada Lúcia Bessa, especializada em direito das mulheres, destacou três conquistas importantes do conselho.
“Este conselho tem um histórico de lutas e de conquistas. Entre elas, eu gostaria de destacar a nossa Casa Abrigo, o nosso Disque-denúncia e o Plano Distrital de Políticas para as Mulheres do Distrito Federal”, salientou Lúcia Bessa.
A professora decana da Universidade de Brasília e ex-presidente do Conselho de Direitos da Mulher, Olgamir Amancia, lembrou como as mulheres ainda enfrentam dificuldades mesmo em ambientes mais plurais, como as universidades.
“A universidade é o lugar da emancipação, mas ao mesmo tempo ainda está profundamente ligada às estruturas sociais. Após mais de 60 anos, conseguimos eleger a primeira mulher reitora da UnB. Somos maioria nos espaços de pesquisa, somos maioria na graduação, somos maioria na pós-graduação. Entretanto, quando se olham os espaços de decisão e gestão, a presença das mulheres não está dada. O nosso desafio de romper essa lógica é gigante. Só temos como enfrentar e superar as contradições dessa realidade com uma educação emancipatória”, observou a professora.
Ao final da solenidade, foram concedidas moções de louvor a mulheres de destaque pelos relevantes serviços prestados ao Distrito Federal.
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Eder Wen – Agência CLDF