Partiu do senador Eduardo Braga a cobrança para a redução dos preços das passagens aéreas no país. Especialmente o Norte tem sofrido com os valores cobrados, pior quando são as passagens ao Interior amazônico.
O ministro do Turismo, Celso Sabino, participando da audiência na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), ouviu do o quanto os preços das viagens estão absurdamente altas. Para tanto defendeu medidas eficazes do governo que possam ajudar a reduzir o custo das passagens aéreas nacionais.
“Para fazer um voo Manaus/Brasília/Manaus, hoje não compramos por menos de R$ 6 mil. E olhe que, como somos obrigados a vir toda segunda e retornar para a base na quinta à noite, a gente compra com antecedência. Mas comprar passagem Manaus/Brasília/Manaus por R$ 200 ou R$ 300 (como mencionou o ministro) é a mesma coisa que acertar na mega sena e num prêmio daquele de final de ano. Hoje, o custo da aviação doméstica nacional ou regional é algo impraticável!”, afirmou o senador.
Para Braga, o Brasil precisa enfrentar os monopólios no setor da aviação.
“Há um problema de falta de concorrência no setor. E além dessa questão do monopólio da aviação comercial, há o monopólio do querosene de aviação, que não tem razão nenhuma de ter preço de distribuidora. Por que não colocamos esse combustível a preço de refinaria? Isso dará uma redução significativa no preço do querosene e assim tomarmos medidas eficazes que possam reduzir o custo do deslocamento nacional”, acrescentou o senador.
O ministro do Turismo concordou com o senador: “Isso me preocupa muito e nos assusta”. Ele citou um projeto em negociação que poderia permitir que companhias estrangeiras, que já voam para o Brasil, possam fazer alguns trechos domésticos em regiões menos cobertas no país, como é o caso da Amazônia Legal.
“Acho que esse projeto de abrir para que companhias (estrangeiras) possam vender passagens em pontos nacionais, vai aumentar muito a concorrência e ajudar muito a baixar o preço das passagens aéreas. E pode até obrigar a baixar o preço dos combustíveis”, reagiu Braga.
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