O FQA me ensinou a importância de me conectar com meu filho desde a gestação”, afirmou beneficiária do programa
Considerado referência em política pública da Primeira Infância em Boa Vista, o ‘Família que Acolhe’ já acompanhou quase 32 mil gestações desde sua implantação
Na semana em que é celebrado o Dia das Mães (12 de maio) é impossível não falar sobre o ‘Família que Acolhe (FQA)’, programa que em setembro do ano passado completou 10 anos de implantação. Nessa longa trajetória já foram quase 32 mil gestações acompanhadas e mais de 27 mil famílias beneficiadas. Uma verdadeira revolução para Boa Vista quando o assunto é Política Pública voltada à Primeira Infância.
E nada melhor do que as grandes protagonistas do programa contarem um pouco dessa relação com o FQA, que oferece acompanhamento dos 3 meses de gestação aos 3 anos e 11 meses da criança. Afinal, uma mãe sabe bem os desafios da maternidade e reconhece a importância de um apoio nesse momento tão especial.
Acolhimento imediato
Os desafios se tornam ainda maiores quando se é mãe jovem e de primeira viagem.
É o caso da Anny Santana, de 20 anos, que está grávida de pouco mais de seis meses da Isis. Além de ser atendida no Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) próximo à sua casa, ela recebe visitas domiciliares das facilitadoras do programa.
Anny contou que ficou abalada com a notícia da maternidade e que recebeu a sugestão de procurar o FQA durante atendimento em uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Segundo ela, chegando ao programa, aos três meses de gestação foi muito bem recebida e ficou com o coração mais calmo após sentir-se de fato acolhida.
“A gravidez foi uma surpresa. Fiquei um pouco assustada, mas quando procurei o FQA, desde o primeiro atendimento, passei a me sentir mais segura. Foram vários ensinamentos desde então. Um dos grandes aprendizados foi em relação a minha alimentação, que antes era muito desregrada e tive que mudar pela minha saúde e a do bebê”, explicou.
Olhar especial para a maternidade
Ela relevou que o programa trouxe uma sensibilidade especial para sua gravidez.
“Fui estimulada a conversar com a minha bebê enquanto ela ainda está na barriga. O FQA me ensinou a importância de me conectar com minha filha desde a gestação e isso tem sido fundamental para aproveitar cada momento da minha gravidez”, contou.
Quem também recebeu acolhimento foi Jennifer Alves, de 20 anos, mãe do pequeno Noah, com dois meses de vida. Junto ao marido, Ruan Cabral, de 21 anos, ela procurou o FQA por indicação da própria família. Apesar de já planejarem um filho, a beneficiária ficou com receio por ser mãe de primeira viagem e, segundo ela, o FQA foi essencial nesse processo de descoberta do universo da maternidade.
“Cheguei ao programa ao 6° mês de gestação e fui muito bem acolhida pelas facilitadoras. Eu, meu filho, meu marido, somos muito bem tratados desde o começo. Para mim, o FQA traz uma sensação de segurança em saber que qualquer dúvida ou problema, posso contar com a ajuda do programa”, disse.
Paternidade Boa
Por meio da campanha ‘Paternidade Boa’, lançada em 2021, o programa reforça a importância ‘de um pai presente’ em todo o processo da maternidade. Para isso, incentiva a participação dos homens nas reuniões da Universidade do Bebê (UBB) e em outras iniciativas. Conforme Ruan, essa participação na vida do filho e da esposa é prioridade.
“Tenho aprendido muito com o programa, principalmente através das palestras. As facilitadoras passam a confiança que a gente precisa nesse momento. Como pais, somos estimulados a ajudar com o que podemos. A gente aprende que é um trabalho em equipe e que essa união fortalece a nossa relação como marido e mulher e como família mesmo”, explicou.
Além dos encontros da UBB, que acontecem a cada 15 dias, as beneficiárias recebem enxovais no 8° mês de gravidez, 3 latas de leite por mês para crianças de 1 aos 4 anos de idade completos e a creche é garantida conforme a assiduidade da família. Além disso, as beneficiárias passaram a receber um kit feito especialmente para elas, com absorventes pós-parto, toalha, escova de dentes, creme dental, 2 prendedores de cabelo e um frasco de álcool 70.
Descentralização do programa trouxe mais comodidade
Em maio de 2021, o FQA foi descentralizado, passando a ser ofertado em todos os CRAS distribuídos na capital, fator que permitiu mais comodidade às beneficiárias, com atendimentos próximos de casa.
De acordo com a secretária de Projetos Especiais, Andréia Neres, a descentralização representa um verdadeiro marco para o programa e reforça o compromisso da Prefeitura de Boa Vista no cuidado com a Primeira Infância.
A descentralização foi uma importante iniciativa da gestão do prefeito Arthur Henrique, proporcionando comodidade e ampliação dos atendimentos para sete locais, com profissionais capacitadas para orientar as famílias com o que precisam.“Após o êxito da descentralização na área urbana, estamos levando o programa para localidades do campo e comunidades indígenas”, disse.
…
SEMCOM PMBV
Por Marcus Miranda