A deputada Paula Belmonte ressaltou o alto custo de um laudo e cobrou maior envolvimento das secretarias de Saúde e de Educação
O convite foi feito, a deputada Paula Belmonte, idealizadora do evento, chamou para o debate especialistas e mães de crianças identificadas com TEA ou com altas habilidades expuseram suas experiências e preocupações. Isto surge para evidenciar a necessidade de garantir os direitos das crianças entre zero a seis anos nesta Semana Legislativa da Primeira Infância.
O evento foi aberto nesta segunda-feira (26) com um debate sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e a Superdotação, que abordou aspectos como o diagnóstico e o papel da família e da comunidade escolar, entre outros.
Diante do alcance e das especificidades da questão, a parlamentar destacou a importância de um maior envolvimento das secretarias de Educação e de Saúde para assegurar atendimento a todas as crianças, dado que a maioria é de famílias que não tem como pagar pelo laudo e o acompanhamento.
“É imprescindível que essa rede de apoio seja do Estado”, reforçou, observando que, apesar do convite, as duas pastas não compareceram ou mandaram representantes.
Potencialidades e dificuldades
Durante o debate, uma das abordagens tratou de situações em que as duas condições – TEA e superdotação – se mesclam ou se sobrepõem.
“Precisamos olhar para particularidades como as potencialidades e as dificuldades destas condições”, afirmou a psicóloga Aline Dias de Araújo Vale. Ela ainda salientou a parceria que precisa ser constituída entre a família, a comunidade escolar e a equipe terapêutica.
Mãe de uma menina superdotada, a advogada Adriana Galdino integra o grupo de mães de crianças com altas habilidades e contou sua vivência. Ela chamou a atenção para o que denominou “dificuldades sociais” enfrentadas pelas crianças e suas famílias.
“Isabela começou a falar com sete meses”, contou. Agora, ante a premência de enviá-la à escola, tem realizado uma pesquisa em estabelecimentos de ensino e constata: “Vejo que a rede pública está mais preparada”.
Jornalista especializada em pautas sobre a primeira infância e a maternidade, Jéssica Andrade também tem um filho autista. Além de expor sobre a sua experiência, ressaltou a relevância da comunicação nas relações sociais com este público.
“A comunicação precisa ser inclusiva, também dentro das famílias”, prescreveu, listando itens que compõem o conceito, voltando-se para a questão: escuta ativa; empatia; lugar de fala, e segurança psicológica.
Para mais informações e a agenda da Semana Legislativa da Primeira Infância, clique no link: CLDF promove Semana da Primeira Infância entre 26 e 29 de agosto.
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Com Marco Túlio Alencar – Agência CLDF