Uma adesão importante ao sistema de esgotamento sanitário, que representa benefícios, que atravessam gerações, em Manaus…Hoje, Águas de Manaus trata mais de 50 milhões de litros de esgoto por dia na capital amazonense, agregando série de benefícios ambientais.
O saneamento básico é um trabalho prioritário para a Águas de Manaus, que hoje trata mais de 50 milhões de litros de esgoto por dia em 78 estações de tratamento espalhadas pela cidade. A empresa está ciente de que esta ação representa benefícios importantes a longo prazo.
Ainda mais quando se trata de uma cidade como Manaus, no coração da Floresta Amazônica, onde o acesso à água tratada e ao serviço de esgotamento sanitário está ligado diretamente a um meio ambiente mais saudável para as gerações futuras.
A capital amazonense é cortada por igarapés, e, por isso, os benefícios da ligação à rede de esgoto passam pela preservação e até mesmo pela revitalização destes meios hídricos. Na zona Oeste, o símbolo de uma realidade possível acende o alerta para a importância do esgotamento: o igarapé Água Branca, único curso d’água da cidade que segue límpido, sem despejo de efluentes.
O igarapé nasce dentro do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, passa por baixo da Avenida do Turismo e segue o trajeto até a Cachoeira Alta, no Tarumã. Ao longo do percurso, pontos nas margens direita e esquerda ainda são cercados por verde.
“A nossa luta é para que essa floresta não desapareça, porque, se tirar a floresta da margem, o igarapé morre, como já ocorreu com outros em Manaus”, conta o jornalista Jó Farah, que preside a ONG Mata Viva, que atua pela conservação do igarapé e de áreas de preservação ambiental no Tarumã.
Na área onde Jó mora, o igarapé cristalino recebe visitas de crianças, estudantes universitários e também de pesquisadores.
“Trazemos crianças para que elas vejam como é um igarapé vivo, por que ele está vivo, para que compreendam toda a dinâmica que envolve a proteção de um igarapé. A juventude de Manaus nunca viu igarapé limpo na cidade. Queremos que as pessoas que nos visitam criem a expectativa de que, mesmo vivendo perto de um igarapé morto, elas podem sonhar em um dia tê-lo revitalizado, “acrescenta.
Nesse sentido, o acesso ao saneamento básico de qualidade é fundamental para que esse sonho se torne realidade e que, assim como o Água Branca, outros igarapés também voltem a ser locais livres da poluição.
“Quando se deixa de jogar lixo no igarapé, tudo melhora: o tratamento fica mais barato, o local fica mais bonito, se tem mais qualidade de vida. Precisamos ajudar nesse entendimento de que a rede de esgoto é importante para que isso ocorra. Há um ganho ambiental. É preciso dar dignidade para as pessoas, e essa dignidade vem com o saneamento”, ressalta.
Conscientização
A bióloga Solange Damasceno explica que a poluição causada pelo esgoto não tratado tem impactos que vão além da aparência dos cursos d’água e do odor que incomoda a população.
“A fauna está em ciclo constante. A água poluída contamina os peixes ou outros organismos de margeamento de igarapé, que alimentam as aves. Ou seja, você não tem o poluente apenas em um tipo de organismo, ele transcende isso: quando uma ave se alimenta dos peixes contaminados que estão dentro do igarapé, com as águas não tratadas, os poluentes são passados para outro ciclo da natureza. E isso segue para outros organismos vivos que vão se alimentar dessas aves, e aí a gente começa uma discussão bem longa”, aponta Solange, que é Mestre em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos e doutoranda em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia.
A Águas de Manaus trabalha constantemente na conscientização das novas gerações sobre a preservação do meio ambiente. Por meio de programas como o Portas Abertas e o Espaço Fonte do Saber, a concessionária apresenta os vários aspectos do saneamento básico a crianças e adolescentes.
“No Portas Abertas, a população com mais de 12 anos pode realizar visitas às nossas estações de tratamento de água e de esgoto, enquanto a Fonte do Saber é um museu de ciências com atividades lúdicas, voltadas para o público infantil. Dialogar com os mais jovens é necessário, porque, além de eles representarem o futuro, eles se mostram curiosos e conseguem assimilar as informações de maneira a replicar para os mais velhos. Mostramos que é possível uma cidade mais preservada ambientalmente e que esses impactos estão presentes no dia a dia de todo mundo”, explica o gerente de Responsabilidade Social da concessionária, Semy Ferraz.
Projetos pioneiros de saneamento
A atenção às áreas vulneráveis, como palafitas, rip-raps e comunidades que passaram por processo de regularização fundiária, tem sido marca da atuação da Águas de Manaus desde o início das operações da concessionária, em 2018.
Um dos locais chave neste processo é o Beco Nonato. A comunidade de palafitas localizada no bairro da Cachoeirinha foi a primeira contemplada com abastecimento de água em um projeto premiado pela ONU e, recentemente, também recebeu um projeto pioneiro, que instalou redes de esgoto. A estrutura de água implantada no Beco foi exemplo para outras regiões vulneráveis de Manaus e resultou na implantação de mais de 200 km de redes pela cidade. Agora, o trabalho bem-sucedido com o esgotamento também começa a ser replicado em outras áreas da cidade.
“É um trabalho que muito nos orgulha, porque saneamento não se resume à instalação de tubos. É também levar dignidade, fazer com que uma pessoa consiga ter água tratada na torneira pela primeira vez, entender a complexidade de cada residência para concretizar um projeto voltado para o esgotamento, dialogar com cada família”, resume o diretor-presidente da Águas de Manaus, Diego Dal Magro.
A concessionária deve apresentar, nos próximos meses, o plano de expansão do serviço de esgoto na cidade, que vai detalhar como o sistema será ampliado ao longo dos próximos anos, para atingir as metas de universalização do serviço.
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Ascom Águas de Manaus