O meio ambiente tem sua data, e justa, assim não pode deixar de passar em branco. Os temas variados em sua defesa devem sere debatidos, e nada melhor que destacar que há 30 anos, Programa Dedo Verde promove educação ambiental e valores sociais.
Desde sua criação, o projeto incentiva à conscientização e ao amor pela natureza jovens que se tornam protagonistas na construção de um futuro mais sustentável
Na semana em que, ontem, 5, se celebrou o Dia Mundial do Meio Ambiente é também dia de relembrar um importante projeto social da Prefeitura de Boa Vista.
Um pojeto criado pela ex prefeita Teresa Surita, e na época revolucionário, bem como segue hoje, vem transformando adolescentes em multiplicadores ambientais.
Criado há 30 anos, o Dedo Verde desenvolve atividades de educação ambiental, incentivando à conscientização e ao amor pela natureza jovens que se tornam protagonistas na construção de um futuro mais sustentável.
Atualmente, o projeto conta com a participação de 180 adolescentes entre 14 e 18 anos. Além da oportunidade de aprendizado e desenvolvimento pessoal, os integrantes recebem benefícios que os auxiliam nesta jornada, como bolsa no valor de R$230,00, vale-transporte, acompanhamento pedagógico, uniforme, além do traslado entre o terminal de ônibus até a sede do programa, ida e volta.
“No programa, aprendem sobre a natureza, como cultivar, plantar, os nomes das plantas e a fazer compostagem. A única coisa que cobramos deles é a frequência escolar e boas notas. Trabalhamos nessa metodologia para ajudá-los tanto no aprendizado ambiental quanto geral. Futuramente, pretendemos abordar o empreendedorismo, pois ao aprenderem habilidades como poda, capina e troca de mudas, eles adquirem conhecimentos que podem ser capitalizados no futuro”, afirmou o gerente do projeto, Leonardo Beserra.
Thawana Menezes, educadora social do programa Dedo Verde, acredita que esse trabalho é fundamental para o meio ambiente e a sociedade.
“Tanto na questão ambiental, quanto a social. Trabalhamos com adolescentes que possuem uma família e outros laços sociais e muitas vezes eles levam esses conhecimentos para casa, escola, professores e colegas. Eles se tornam disseminadores de conhecimento”, destacou.
Os impactos positivos do Programa Dedo Verde são evidentes na vida dos participantes. Kelvin Figueiredo, estudante de 15 anos, está há um ano tendo boas experiências com o projeto.
“Entrei em junho de 2022 e aprendi muitas coisas, como ter um cuidado maior com as plantas, como regá-las adequadamente para não ‘afogá-las’. Quando entrei aqui, não sabia nada sobre plantas, apenas o básico que aprendi na escola. Também aprendi a conviver com as pessoas e a trabalhar em equipe, muito mais do que já sabia. Além disso, estou perdendo minha vergonha e me desenvolvendo mais”, relatou o estudante.
Izabelly Santos, de 17 anos, aproveitou os conhecimentos obtidos através do projeto para ornamentar a sua casa.
“Depois que comecei a fazer parte do Dedo Verde, levo várias mudinhas de plantas para minha casa. Agora, aprendi a cuidar delas corretamente e já tenho várias por lá”.
O projeto busca, através da didática, transformar hábitos negativos, como é o caso do estudante Yttalo Vinícius, de 17 anos, que participa do Programa Dedo Verde desde 2018.
“Eu fazia coisas como comer algo e jogar a embalagem no chão. Hoje em dia, eu não faço mais isso. Prefiro colocar dentro do lixo para não poluir. A população hoje em dia suja muito, então, atualmente, converso com meus amigos e familiares para que eles não façam isso”.
A fala dos integrantes ressalta como o Dedo Verde não apenas proporciona conhecimentos práticos sobre o meio ambiente, mas também estimula a mudança de comportamento dos participantes em relação à preservação ambiental. Ao sensibilizar os jovens para a importância de descartar corretamente o lixo, os adolescentes se tornam agentes de conscientização em sua comunidade, influenciando amigos e familiares a adotarem atitudes mais sustentáveis.
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Semcom PMBV
Por Vitória Carramillo