Hemocentro vem para reforçar mais um pedido por doação de sangue, em mês com muitos feriados
Oferta costuma cair nesses períodos, enquanto a procura aumenta; alta nos casos de dengue com a volta das chuvas também é uma preocupação
Logo vem dezembro, ainda que mal tenha começa o mês de novembro, mas, somado aos dois meses teremos mais de seis feriados, e com semanas dotipo ‘meia boca’, ou seja, quando chega próximo do dia 24 de dezembro, e de 31 do fim do ano, população já está em marcha de comemoração, festas, daí…
Só para este mês temos quatro feriados no Distrito Federal.
Assim, alegria para uns, preocupação para outros. Isso porque o número de doações de sangue costuma diminuir nesses períodos. Por isso, a Fundação Hemocentro de Brasília reforça a procura por doadores, a fim de que possa manter o estoque abastecido.
“Muitas pessoas acabam se preocupando com a organização de viagens e não vêm fazer as doações de sangue. Isso faz com que os estoques acabem baixando muito”, aponta o presidente da Fundação Hemocentro, Osnei Okumoto, que ainda acrescenta que há um aumento na procura por sangue, diante de acidentes e de conflitos ocasionados pelo consumo de álcool, que aumenta nos feriados: “Então coincide muito a baixa na doação com o aumento da utilização do sangue nas emergências e nos centros cirúrgicos”.
Atualmente, o estoque do Hemocentro está em 75% do padrão estabelecido. “A gente tem como meta deixar esse estoque estratégico para que a gente possa trabalhar no atendimento de toda a população. Esse estoque (quando está em 100%) é suficiente para que a gente possa ficar sete dias sem coleta, mas atendendo a todas as necessidades do Distrito Federal e do Entorno”, explica o presidente.
Ao longo de outubro, foram registradas, em média, 159 doações por dia, valor menor que o considerado ideal, que é de 180. Hoje, a situação mais crítica é a de sangue tipo O+.
Por ser o mais comum entre a população, ele é o mais doado, mas, ao mesmo tempo, o mais requisitado.
Entre esses doadores de outubro, está a enfermeira Tatiana Menezes. Por ser da área, ela sabe bem a importância do gesto. “Eu era doadora frequente, após eu ter um filho eu parei de doar, agora eu voltei, porque é muito bom. É um ato de amor, de carinho, de respeito”, aponta. O contador Sirlei Costa é outro frequentador assíduo do Hemocentro: “Eu imagino que um dia eu possa precisar, então, se posso ajudar alguém, faço isso com muita satisfação. Ajudar quem precisa é muito bom”.
Dengue
O Hemocentro tem ainda uma outra preocupação neste período: a alta nos casos de dengue, após o reinício das chuvas. Além de os pacientes graves da doença precisarem de sangue, aqueles que se infectaram ficam um tempo sem poder doar. Daí a necessidade de outras pessoas procurarem o local para reforçar os estoques. “Começou a chuva em 2024, a gente já começa a ter um potencial de eclosão dos ovos e de transmissão da dengue”, reforça Okumoto.
Para doar sangue, é preciso fazer o agendamento individual pela internet ou pelos telefones 160, opção 2, ou 0800 644 0160.
O doador precisa atender a alguns critérios básicos, que podem ser consultados no site do Hemocentro.