Torneio de Robótica projeto inovador com foco na preservação ambiental…A equipe focou na criação de um dispositivo para detectar e coletar petróleo derramado no mar, inspirado na temática “Submerged”, que visa resolver problemas ligados ao oceano
Por Fábio Cavalcante
Após dois dias intensos de competições em Manaus (AM) no Torneio First Lego League (FLL), a equipe I, Robot, do Centro de Ciência, Tecnologia e Inovação (CCTI) da Prefeitura de Boa Vista retorna à capital, com muito mais conhecimento e pronta para encarar novos desafios. E isso tendo em mãos um projeto que foi bastante elogiado no evento, devido ao seu caráter inovador.
O torneio envolve estudantes de 9 a 15 anos na busca por soluções para problemas da sociedade moderna dentro do conceito STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática). A atual temporada foi denominada “Submerged” (2024/2024), cujas atenções se voltam para os oceanos, desafiando os competidores a “mergulharem” sobre os problemas enfrentados na exploração do fundo dos mares.
Uma das categorias do torneio foi o “Projeto de Inovação”, cuja proposta é a identificação de um problema do mundo real relativo ao tema da temporada e desenvolvimento de uma solução. Nessa categoria, os jovens da I, Robot apresentaram um dispositivo que detecta e coleta petróleo derramado no mar, visando proteger os fitoplânctons, essenciais para a produção de oxigênio e equilíbrio do ecossistema marinho.
Além disso, “Design de Robô”, os alunos projetaram um robô eficiente, selecionando rodas e mecanismos que maximizam o desempenho em ambientes subaquáticos simulados. Já em “Desafio do Robô”, o protótipo criado pelos jovens da prefeitura visa missões que incluem resgate de espécies marinhas, como tubarões e baleias, além de explorar tesouros submersos.
Segundo a diretora do CCTI, Julianna Santos, apesar dos desafios enfrentados na “arena” da FLL, a equipe foi bastante elogiada pelos juízes, composto por especialistas da área de tecnologia, que incentivaram os jovens a seguirem firme com esse propósito e deram dicas de como tornar o projeto ainda mais eficiente.
“A participação da equipe no torneio deste ano foi notável. Demonstraram um domínio técnico sólido, mas também grande criatividade e habilidade para resolver os problemas. Foram capazes de combinar os desafios e trabalhar a programação deles para realizar esses desafios de mesa e pontuar no torneio. Os próximos passos do projeto envolvem fazer novas pesquisas, ter um feedback com os especialistas consultados, aprimorar o projeto e verificar a possibilidade de implementação”, disse.
Capitão da equipe, Guilherme Freitas, de 14 anos, destacou a participação no torneio como positiva. E apesar do alto nível do evento e dos outros competidores, conseguiram mostrar domínio dos principais conceitos abordados na Robótica Educacional do CCTI. Além disso, o jovem garante que o projeto desenvolvido por eles pode impactar muitas pessoas no futuro.
“Em relação ao nosso Projeto de Inovação e ao Design do Robô, foi algo excelente. Quando a gente conversou com os juízes a respeito, tivemos uma interação muito interessante. Se você mostra um projeto para uma pessoa dizendo que você consegue resolver um problema utilizando ciência e tecnologia, você motiva essa pessoa a resolver outros problemas para que as outras tenham a mesma sensação que ela teve”, destacou.