A doação destes R$ 127 milhões será gerida pelo BNDES
Sob gestão do banco e coordenação do MMA, fundo já apoiou 114 projetos, beneficiando 239 mil pessoas.
Instrumento de promoção do desenvolvimento sustentável captou cerca de R$ 4,5 bi desde sua criação, em 2008
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou na manhã desta sexta-feira, 29, no hotel Manhattan Plaza, em Brasília, uma doação do Reino da Dinamarca ao Fundo Amazônia no valor de até 150 milhões de coroas dinamarquesas (cerca de R$ 127 milhões).
O anúncio foi feito em reunião entre a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva (por vídeo), a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), João Paulo Capobianco, do vice-chefe de missão da Embaixada Real da Dinamarca em Brasília, Leif Kokholm, dos embaixadores Odd Magne Ruud (Noruega), Stephanie Al-Qaq (Reino Unido), Pietro Lazzeri (Suíça) e Teiji Hayashi (Japão), além de representantes da Alemanha e dos EUA.
“Quero também agradecer aos colegas do BNDES pela cooperação para chegar a este importante acordo. Eu tive o prazer esse ano de viajar para a floresta amazônica, para Manaus, com sua majestade, a rainha Mary, e mostrar a ela a importante causa que nos une aqui hoje. Ano que vem, o Brasil sediará a Cop 30 aqui em Belém e a Dinamarca assumirá a presidência da União Europeia. Essa é uma oportunidade importante para aprofundar a cooperação entre Brasil e Dinamarca e os demais parceiros, que estão representados aqui hoje”, afirmou Leif Kokholm.
“A formalização do contrato com o governo dinamarquês, por meio do Ministério das Relações Exteriores, permitirá ao BNDES avançar ainda mais nas agendas de clima e combate ao desmatamento, além de diversificar ainda mais a participação de outros países no Fundo Amazônia”, disse o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. Desde sua criação, em 2008, o Fundo Amazônia já recebeu cerca de R$ 4,5 bilhões em doações.
A Noruega é a maior doadora do Fundo Amazônia, com aproximadamente R$ 3,5 bilhões. O segundo principal doador é o KfW, banco de desenvolvimento da Alemanha, com R$ 388 milhões. Em terceiro lugar estão os EUA, responsáveis por R$ 291 milhões.
O Reino Unido aparece em quarto, com R$ 284 milhões. Em seguida vem a Suíça, que doou R$ 28 milhões. O sexto maior doador é a Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras), com R$ 17 milhões. Completa a lista o Japão, que doou R$ 15 milhões.
Gerido pelo BNDES, sob coordenação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o Fundo Amazônia tem por finalidade captar doações para investimentos não reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, e de promoção da conservação e do uso sustentável da Amazônia Legal. Também apoia o desenvolvimento de sistemas de monitoramento e controle do desmatamento no restante do Brasil e em outros países tropicais.
Desde o início das atividades, 652 organizações da sociedade civil acessaram os recursos do Fundo Amazônia, diretamente ou por meio de parceiros, beneficiando 239 mil pessoas com atividades produtivas sustentáveis e garantindo o manejo sustentável em 76 milhões de hectares de áreas de floresta. O fundo já apoiou 114 projetos, que totalizam R$ 2,5 bilhões em apoio, com desembolso de mais de R$ 1,6 bilhão.
Por BNDES
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REDAÇÃO AgN
O interessante que todo esses recursos que são anunciados, o que não é de hoje, ao final, a contabilidade não bate quando os reais beneficiados, os ribeirinhos da Amazônia, povo que vai além do Estado do Amazonas, mas, toda uma população que por exemplo precisa ter a BR 319 concluída, e que aí, os 127 milhões acima seriam muito bem-vindos para ajudar naquela região, de forma direta o povo, ou ainda tais recursos chegarem para impor fim a contínua corrente, que determina horário de funcionamento da BR 174, na fronteira entre Amazonas e Roraima.
Mais.
A própria Dinamarca abrir sobre seus reais interesses quando ONG´s, da Rainha Mary, atuam de forma suspeita junto aos indígenas, como os Waimiri Atroari, que vivem entres os estados amazonense e roraimense.
Ou seja, antes de qualquer tipo de comemoração, deve-se primeiro o governo brasileiro ser mais transparente com tais doações milionárias.