Num encontro saudado por indígenas e moradores como O dia foi histórico para os indígenas, e suas lideranças, de 29 aldeias. em Mura, lá de Autazes, que convidaram o senador Plínio Valério para ajuadar eles cotra decisões que não atendem aos ídios.
O senador foi saudado calorosamente, e ouviu depoimentos emocionados, além de muitas denúncias de caciques da etnia, que clamaram sua ajuda para resolver o impasse com o Ministério Público Federal(MPF), que ignora a decisão da maciça maioria das aldeias de aprovar a continuidade do Projeto Potássio na região.
Os caciques relatam fome e revolta nas aldeias e denunciam que o MP resolveu só considerar legitima a posição de cinco aldeias contrárias e seus advogados, anulando o processo de consulta realizado dentro do protocolo legal que exige a participação de pelo menos 75% dos 20 mil indígenas Mura da região de Autazes.
“As ONGs ficam dizendo que os Mura não querem a exploração do potássio, que é uma área indígena, que vai acabar com sua cultura. Eu vim ouvir in loco e ouvi de todos eles que eles querem sim que o potássio seja explorado, que não tem nada contra . Muito pelo contrário, eles querem o que nós queremos , querem ter renda, querem ter conforto, querem ter direitos. Nenhum deles disse: olha senador, a gente gosta de feijão, arroz e macarrão e a gente precisa comprar, porque ninguém planta e não nos deixam plantar. A gente precisa ter renda“, disse Plínio Valério ao final do encontro realizado em um ginásio de esportes em Autazes.
O tuchaua Kleber, da aldeiaTerra Preta, disse que o encontro com Plínio é um momento ímpar e vai ficar registrado na história de Autazes, na luta pelo direito à prosperidade e aproveitamento da riqueza do potássio.
Disse ao senador para falar com os procuradores do MPF que precisam do projeto Potássio para desenvolver.
Professor indígena, Kleber disse que seu povo trabalha na agricultura de sol a sol mas não tem por onde escoar a produção, e não tem quem valorize seus produto agrícolas e artesanato. Não tem água potável e enfrentam saúde indígena precária.
“Precisamos caminhar com nossas próprias pernas. As organizações que estão contra nem sabem onde é Autazes e querem decidir pelos Mura. Dizem que vão acabar com a cultura Mura, é o contrário. Vamos nos valorizar . Fomos no MPF, perguntamos ao procurador porque não estamos sendo atendidos, e só ouvem os quatro advogados do pequeno grupo contra, querem anular nossa consulta onde aprovamos por ampla maioria o projeto Potássio. Quero Deixar claro que somos maioria, hoje temos 29 aldeias aqui, e agora mesmo outra reunião de cinco aldeias acontece na Aldeia Muritinga sem ouvir o Conselho Mura. O estatuto fala em 75% dos indígenas Mura. Passamos dificuldade em Manaus, passamos fome, comendo na lata de tinta, na luta pelo nosso movimento, agora vem dizer que estamos recebendo milhões da empresa, mas eu não recebi nem um centavo e vou provar essas inverdades”, disse o cacique Kleber.
Além do MPF, há muita revolta contra ONGs, principalmente contra o CIMI Amazonas, que além de cooptar aldeias contra o projeto Potassio, induzem indígenas a participar de campanhas e até atos ilícitos para impedir a presença de produtores rurais e a continuidade do projeto Potássio na região.
Em um depoimento corajoso, o professor Everton, líder da Aldeia São Felix pediu perdão á população de Autazes e aos parentes Mura por, durante 10 anos, ter sido induzido por dirigentes da ONG Conselho Missionário Indigenista (CIMI) Norte, a cometer atos ilícitos, com seus alunos, para afugentar produtores rurais e viajar dentro e fora do país em campanha contra o projeto Potássio, declarando que a exploração do minérios iria alagar as aldeias e causar uma grande tragédia na região para seu povo.
“Essa mesma ONG , por 10 anos me incentivava a fazer matança de bois nesse município, para afugentar fazendeiros, hoje me arrependo, tenho filhos, muitas vezes levava alunos a fazer esses atos ilícitos. Diziam: vai lá Ewerton, temos advogados para te defender. Consegui me libertar dessa ONG que não tem amazonense , é tudo gente de fora do Amazonas. Hoje essa ONG atua para nos dividir, mas temos maioria. O Ministério Público está ao lado deles, mas ganham altos salários e nós temos fome nas aldeias. Não temos o que comer. Sabemos que estamos em cima de uma riqueza e temos que desfrutar dela. Chega de ficar pedindo na frente da Funai. As ONGs vem em Autazes, fotografam nosso sofrimento, mandam para os Estados Unidos e de lá vem o dinheiro para eles”, protestou Ewerton.
O encontro com o apoio da Câmara de Vereadores de Autazes teve um ato ecumênico com um dos líderes indígenas fazendo oração pedindo benção para trazer paz e prosperidade para a região e proteção para o senador Plínio Valério.
Teve também um momento cultural de canto e dança da farinhada da tradição Mura, com o grupo Suvaco de cobra. Representando os produtores rurais falou o líder Preto Vaqueiro.
“A extração desse minério que Deus deixou para a gente, pode melhorar muito a vida das aldeias e das cidades. Hoje é um grande dia para Autazes e os Mura, agradeço imensamente a vinda do nosso senador Plínio nesse dia histórico”, agradeceu Preto Vaqueiro.
“Eu saio daqui convicto de que os Mura querem sim a exploração do potássio, os que não querem são as ONGs que continuam atrapalhando e jogando , aqui, irmãos contra irmãos. Os produtores sempre conviveram com os indígenas e agora criaram aquela guerra que só existe na cabeça dos ongueiros . Nós temos que lutar pelo potássio porque o Brasil precisa sim”, completou Plínio Valério.
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Ascom Sen P V
