Serviu para ampliar o debate, tendo sido bem elogiada por se discutir mais profundamente, certoss direcionamentos, até melhor que o Congresso Nacional, que também teve sua CPI sobre o 8 de janeiro deste ano, já neste dia vivemos atos que mexeram com todo País, mas, especialmente, com a sociedade brasiliense, e, assim, chegou ao fim a CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal, que entregou o seu relatório após nove meses de trabalho.
O relator da CPI, deputado Hermeto apresentou o texto que foi aprovado com o voto favorável de seis deputados e apenas um contrário.
General G Dias, amigo pessoal do presidente Lula da Silva, salvo com placar apertado.
Dos 15 destaques protocolados, apenas um foi acatado: a exclusão do pedido de indiciamento do, então, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gen. Gonçalves Dias, que teve a concordância de quatro deputados contra o voto contrário de três.
A abordagem feliz para retirada do nome do general veio por conta de que a CPI da CLDF “não tem poderes de investigação sobre autoridades federais”.
Com a retirada de G. Dias, a lista de pedidos de indiciamentos soma 135 nomes, incluindo integrantes da Polícia Militar do Distrito Federal, da Secretaria de Segurança Pública, do GSI, de financiadores dos atos golpistas, entre outros.
A deputada Paula Belmonte tentou excluir dois nomes do rol de indiciados; no caso, dos empresários Adauto Lúcio de Mesquita e Joveci Xavier de Andrade. Os destaques, contudo, foram rejeitados.
O relatório aprovado contempla, também, sugestões e recomendações ao governo do DF, como a recomposição do efetivo da PMDF e do salário desses policiais; a equivalência da remuneração dos policiais civis do DF com a dos policiais federais; a reestruturação da Polícia Civil,e a criação do Comando do Policiamento da Esplanada.
Debate
O presidente da CPI, deputado Chico Vigilante defendeu o trabalho da comissão. que segundo ele contribuiu para que a população reflita.
“Tivemos embates acalorados, mas saímos com a convicção de que cumprimos um papel importante e de que não somos inimigos”, afirmou. O presidente do colegiado aproveitou para elogiar a atuação do relator, deputado Hermeto: “Ele foi um gigante”.
“Nem consigo imaginar a pressão que deve ter sofrido nos últimos dias”, disse Joaquim Roriz Neto (PL) ao parabenizar o trabalho de Hermeto. O distrital criticou a apresentação de destaques ao relatório final, defendendo não haver previsão regimental para isso, e completou: “Se arranco uma página do relatório, vai fazer diferença? Com certeza. Esse documento não é uma coletânea de eventos distintos e separados; não se pode pegar algo de que não gosta, ignorar e retirar”.
Os deputados Pastor Daniel de Castro, Thiago Manzoni e Paula Belmonte lamentaram a exclusão de G Dias, e só coube isto a eles.
“Minha vontade é de chorar, mas dei o meu melhor, briguei pelos patriotas”, disse Daniel de Castro. Já Manzoni considerou a retirada do nome do general “uma dessas manobras que fazem a população ter nojo da política”. E Belmonte questionou o fato de o destaque ao relatório ter sido protocolado antes da leitura do documento.
Eles criticaram, ainda, o não indiciamento do ministro Flávio Dino. “Era o governo federal que estava sendo atacado, quem deveria agir é o ministro Flávio Dino”, avaliou Daniel de Castro.
Ao final ficou o reconhecimento do bom trabalho.
Outros deputados aproveitaram a última reunião para elogiar o trabalho desenvolvido pela CPI, como a deputada Jaqueline Silva e o líder do governo na Casa, Robério Negreiros.
Presente no início e no final da reunião, o presidente da CLDF, Wellington Luiz parabenizou os integrantes da comissão, a condução dos trabalhos e a relatoria, e lembrou que a comissão foi instalada com o voto de todos os parlamentares da Casa.
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Com Denise Caputo – Agência CLDF