Caio Bonfim comemora a inédita medalha. Foto: Alexandre Loureiro/COB

O atleta de 33 anos completou a prova com o tempo de 1:19:09. A medalha de ouro ficou com Brian Daniel Pintado (ECU), com 1:18:55 e o bronze de Alvaro Martin (ESP) com 1:19:11.

 

Caio Bonfim é prata em Paris. Foto: Alexandre Loureiro/COB

Eles marcharam 20 voltas com um quilômetro cada, completando o percurso completo. A prova começou às 3 da manhã, meia hora após o planejado, pelas más condições do tempo no Trocadero, que recebeu a disputa na Marcha.

A medalha de Caio foi cultivada ao longo do ciclo. O brasileiro é terceiro do ranking mundial e conquistou o bronze na marcha no Mundial de Atletismo de 2023, em Budapeste, na Hungria. A medalha consagra um percurso que bateu na trave na Rio 2016, quando terminou em 4º.

 

Marchadores percorreram percurso aos pós da Torre Eiffel. Foto: Reuters

Caio Bonfim começou muito forte, deslocado do pelotão no final da volta 1. Logo no início, o brasileiro sofreu uma advertência e segurou o ritmo, caindo para 23º no final da volta 3. As oscilações nas posições mais inferiores continuaram até a volta 8, quando Caio escalou o pelotão para se posicionar no grupo da frente e não perder o contato.

Na metade da prova, Caio Bonfim passou na primeira posição, mas novamente segurou o ritmo sem se perder do grupo da ponta. A esperança da medalha continuava, com 10 atletas formando o pelotão da frente nos 5km finais de prova.

Início de prova, com Caio Bonfim no meio do pelotão. Foto: Wagner Carmo/CBAt

A três voltas do final, Caio Bonfim liderava a prova com outros três atletas Pintado (EQU), Stano (ITA) e Martin (ESP). Desses, só o italiano diminuiu o ritmo com dores na perna e o pódio final ficou desenhado, com as posições definidas no quilômetro final.

Pela primeira vez o Brasil teve três representantes na prova olímpica da Marcha Atlética. Esta foi a quarta participação de Caio Bonfim, atleta do Centro de Atletismo de Sobradinho (CASO), do Distrito Federal.

O parceiro de clube Max Batista, que conseguiu a liberação para competir na Corte Arbitral do Esporte, tomou uma advertência na metade inicial da prova, que dificultou a posição no pelotão da frente. Ele terminou a prova em 28º (+3:21). Matheus Côrrea, da AABLU-SC, também não imprimia um ritmo forte e tomou uma punição na volta 14, prejudicando a prova do terceiro brasileiro que terminou em 39º (+5:30).

 

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