Do Interior em defesa dos cabôcos e da ZFM

“Temos que investir na economia da floresta em pé para gerar riqueza e prosperidade para o Amazonas e pra nossa região. Isso, em parte, o nosso modelo Zona Franca de Manaus vem conseguindo cumprir até aqui, mantendo 97% das florestas do Amazonas intactas. Mas é preciso avançar mais em direção à diversificação da nossa matriz econômica, sem abrir mão do modelo industrial pujante que temos hoje e que alimenta 400 mil famílias pelos empregos gerados direta e indiretamente”,  deixou claro em seu primeiro discurso na Câmara, o deputado federal Saulo Vianna, que envia o recado que Amazônia precisa, sim, da ZFM, e seus incentivos fiscais para fortalecimento não só do Amazonas, mas de Amazônia legal. Sendo um cabôco natural do Interior, Saullo se diz orgulhoso da sua trajetória que representa a importância de valores cristãos e familiar, e seu trabalho na esfera federal será o de estar atento as demandas do povo do interior do Brasil, especialmente do Amazonas. “Como muitos amazonenses, sou fruto de uma família simples que veio do interior. Gostaria de dirigir agradecimentos de todo o coração a minha família. E, para honrar tanta confiança depositada em mim, diferente de longas listas de promessas, também só quero prometer uma coisa: Não me esquecer quem eu sou, de onde vim, e jamais me afastar dos sonhos que desejo alcançar para o meu povo”, finalizou. Crise indígena e garimpo Após decisão do governo federal em agir de forma mais contundente aos indígenas, e com isto uma operação federal, nesta semana, para retirar garimpeiros ilegais do território Yanomami, em Roraima, o deputado federal Saullo Vianna faz alerta para as autoridades sobre uma possível migração dos exploradores para o Amazonas. "Faz-se necessária uma ação que acompanhe para onde esses garimpeiros estão indo para evitar que esses garimpeiros migrem para o Amazonas e o problema apenas mude de estado", afirmou Saullo, que está em Brasília. Fuga Segundo Vianna, o governo roraimense informa que existe um movimento de fuga nos locais e, inclusive, de acordo com denúncias de lideranças Yanomani, três indígenas teriam sido assasinados por esses garimpeiros que estão fugindo a pé pela mata. Números altos De acordo com o ministro da Justiça, Flávio Dino, as autoridades estimam que cerca de 15 mil pessoas invadiram ilegalmente esta área protegida na Amazônia e para solucionaram a situação, o governo afirmou que começou a mobilizar mais de 500 policiais e soldados na região para uma operação de expulsão dos garimpeiros que começará esta semana. As autoridades esperam que, quando a polícia iniciar a expulsão à força, pelo menos 80% dessas 15 mil pessoas já tenham deixado o território Yanomami.