JORNALISMO JÁ NÃO É MAIS 'AQUELE', E EM QUEDA NOS EUA...E POR AQUI?
JORNALISMO É A CARREIRA COM MAIS ARREPENDIDOS NOS EUA. E NO BRASIL?
- ...Quase 90% de estudantes arrependidos, e pelo País o que se tem mais visto é um empobrecimento do papel do jornalista...
Uma pesquisa da Universidade de Georgetown revelou que o jornalismo é a carreira com maior índice de arrependimento entre os formados nos Estados Unidos, com 87% dos graduados afirmando que, se pudessem, escolheriam outra profissão.
O dado acende um alerta não apenas nos EUA, mas, também sobre os caminhos que o jornalismo vem trilhando no Brasil, onde o desgaste da categoria avança de maneira perceptível em diversas frentes.
Nas redações do país, o dia a dia tem exigido um conjunto ampliado de competências, com alta demanda e equipes reduzidas. Profissionais acumulam funções que envolvem apuração, edição, publicação e gestão de conteúdo em redes sociais.
Segundo o jornalista Adriano Santos, sócio da Tamer Comunicação, o cenário afeta diretamente a permanência dos profissionais na área. “Hoje, espera-se que um único jornalista atue em múltiplas frentes, muitas vezes sem suporte técnico e financeiro”, diz.
A digitalização do trabalho jornalístico aumentou a velocidade de produção e alterou os critérios de desempenho.
Métricas como visualizações, curtidas e compartilhamentos passaram a influenciar diretamente as decisões editoriais.
Em diversas redações, um mesmo profissional é responsável por produzir e distribuir o conteúdo, com pouco tempo para planejamento. “Não é raro que uma mesma pessoa escreva, edite, publique e ainda interaja com o público nas redes sociais”, afirma Santos.
A exposição pública e os ataques à imprensa também fazem parte dos desafios enfrentados por quem atua na área. Nos últimos anos, jornalistas têm sido alvo de campanhas de desinformação e questionamentos à credibilidade, especialmente nas plataformas digitais.
O ambiente afeta a rotina de trabalho e o relacionamento com o público. “A profissão perdeu espaço e prestígio, mas o papel social do jornalismo continua essencial”, diz o jornalista. O impacto da desconfiança é sentido especialmente por profissionais iniciantes e aqueles que atuam em coberturas políticas ou investigativas.
Mesmo diante dos desafios, profissionais seguem atuando em diferentes frentes, inclusive fora das redações tradicionais. A formação jornalística tem sido aplicada em áreas como comunicação institucional, análise de dados e produção de conteúdo estratégico. Para Santos, há espaço para adaptação. “O jornalismo ainda é fundamental para o debate público e para a construção de uma sociedade crítica. O que falta não é vocação, é estrutura.”
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Créditos imagem: PeopleImages.com – Yuri A/Shutterstock
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REDAÇÃO AgNORTE
Daqui da Colina, o que podemos perceber é que nos últimos anos os grandes veículos têm feito 'limpeza' nas Redações, onde, sim, tem se diminuído para poder economizar mais, e isto vem muito do aumento do mundo online, um espaço que vem crescendo cada vez mais do jornalismo de sites de notícias, blogs, e os tais 'influencers' com suas redes sociais.
Associado a isto, vemos um crescente número de jornalistas que escancaram o seu partidarismo acima de verdades, acima dos fatos reais, e o papel do jornalista tem sido penhorado em total falta de credibilidade.
DIA DO JORNALISTA
No último dia 7 de abril, dia dado aos jornalistas, mundo inteiro, que hoje já não tem muito o que celebrar, justamente porque o papel de ponte para com a sociedade ser mais informada tem sido combalido por ações pessoais, partidárias, e opiniões que sobressaem aos fatos reais.
Mas, o AgNORTE ouviu o jornalista, e hoje presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Roraima - Paulo Tadeu afirma que pelo Estado o número de jornalistas sindicalizados em inadimplência está muito baixa.
"Não chega a 10% dos associados ativos", revela ele.
Para Paulo Tadeu, a data do dia 7 de Abril é uma uma data de luta, mas, também de muita reflexão.
"Hoje, lutamos contra as fake news, contra a precarização e baixos salários. A pejotização. Precisamos lutar pela peça do diploma. Pelo retorno da obrigatoriedade do diploma com respeito aos colegas do notório saber, que há décadas atuam na defesa pela Democratização da comunicação e respeito à democracia", salienta ele.
Segundo Tadeu, tai frentes servem como reais pautas, especialmente junto ao Congresso Nacional, para que sejam consolidadas, "fazendo o contra ponto a "falta de credibilidade da imprensa, do jornalismo".
O presidente do Sindicato dos Jornalistas e Roraima lembra ainda o tema nacional lançado pela FENAJ e os 31 sindicatos filiados - "Quem informa o Brasil somos nós. Nossa luta é por direitos e valorização".
Só a união na luta e o fortalecimento do Sindicato irá consolidar e efetivar nossas pautas".