IOF vira campo de batalha entre Congresso e Planalto
O presidente da Câmara, Hugo Motta, “entrou em campo” contra o decreto que aumentou o IOF e defendeu alternativas ao imposto — como a revisão de isenções fiscais e a retomada da reforma administrativa. |
Segundo Motta, o governo “não pode fazer gambiarras” para fechar as contas e precisa encarar o custo político de cortar benefícios e revisar gastos. |
A declaração ocorre em meio à pressão do Congresso para derrubar o decreto presidencial que elevou as alíquotas do IOF em operações como crédito, câmbio e investimentos. |
A movimentação é rara: |
Já foram apresentados 22 projetos para barrar o decreto (20 na Câmara e 2 no Senado). Se aprovado, será a primeira vez em 25 anos que um decreto presidencial será derrubado por voto parlamentar. A medida pode reduzir a arrecadação esperada de R$ 20,5 bi. |
No Congresso, o clima é de desgaste. Motta classificou o decreto como “infeliz” e Davi Alcolumbre (Senado) falou em “usurpação de poderes” do Legislativo. |
Já Randolfe Rodrigues, líder do governo no Congresso, alertou que, se a medida cair, haverá um colapso na máquina pública e cortes maiores em emendas parlamentares. |
O governo terá 10 dias para avaliar propostas alternativas. Mas a palavra de ordem entre os parlamentares é clara: A conta não pode vir via imposto. |
O que mais foi destaque no Brasil? |
R$ 74 bi em 3 anos. Senado aprova reajuste para servidores federais A menor da série histórica no período. A taxa de desemprego no Brasil ficou em 6,6% no trimestre de janeira a abril O maior desde 2022. Governo central registra superávit primário de R$ 17,8 bi em abril |
(Imagem: Agência Brasil) |