NO JAPÃO, LULA TRATA DE ALGO QUE JAPONESES RESPEITAM MUITO, EDUCAÇÃO...PORÉM, NO BRASIL!
Agenda presidencial no Japão inclui pautas educacionais
Ainda que estejamos longe de uma educação com escolas bem estruturadas, professores bem pagos, e acima de tudo o respeito a um ensino sem aliciamentos, o Governo Lula viaja e procura firmar parcerias com os japoneses, daí, ministro Camilo Santana integrar missão do Presidente Lula. Ministro realizará encontros adicionais com a ministra da Educação japonesa e representantes da comunidade escolar
O diálogo educacional bilateral entre Brasil e Japão acontece nesta semana, entre os dias 24 e 28 de março. O ministro da Educação, Camilo Santana, acompanha o intercâmbio entre o Brasil e o país insular, por meio de diálogos e acordos. As nações celebram, em 2025, o “Ano do Intercâmbio da Amizade Brasil-Japão”, comemorando os 130 anos das relações diplomáticas estabelecidas no Tratado de Amizade, Comércio e Navegação (1895).
Os dois países ainda mantêm Parceria Estratégica e Global, que completa uma década em agosto deste ano.
O ministro da Educação integra a comitiva do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. É a primeira missão dessa natureza de um chefe estrangeiro ao Japão, desde 2019, uma vez que o país asiático costuma receber somente um visitante dessa natureza por ano, prática que havia sido interrompida durante a pandemia de covid-19.
O Brasil conta com a maior população nipodescendente fora do Japão, estimada em mais de 2 milhões de pessoas, e o Japão abriga a 5ª maior comunidade brasileira no exterior, com cerca de 211 mil habitantes. Dos brasileiros vivendo no Japão, estima-se que 30 mil estejam em idade de escolarização básica (dos 6 aos 18 anos). E desses, 4 mil (13%) frequentam escolas privadas de currículo brasileiro.
“Além de acompanhar o presidente nos seus compromissos, tenho reuniões de trabalho com a ministra da Educação e representantes da comunidade escolar e acadêmica. É oportunidade de avançarmos na integração educacional das crianças e adolescentes que vivem por aqui. Ao mesmo tempo, de aprender com as práticas japonesas na área da educação”, explicou Santana.
Nesta segunda-feira, 24 de março, o ministro reuniu-se com a diretoria da Associação das Escolas Brasileiras no Japão (AEBJ), que representa as escolas privadas de currículo brasileiro perante os governos brasileiro e japonês. Em articulação com o Conselho Nacional de Educação (CNE), a atual gestão do Ministério da Educação (MEC) atualizou a normativa aplicável a essas escolas, integrando-as ao Censo Escolar, ao criar um formulário adaptado e 100% digital. Diretores interessados também passaram a poder cadastrar seu CPF para acompanhar o andamento dos processos de suas escolas. A atualização atendeu à demanda da comunidade e foi recebida com agradecimento pela diretoria da AEBJ.
Uma das novidades da nova resolução do CNE é a de deixar mais claro o caráter supletivo das escolas privadas de currículo brasileiro. O novo texto destaca situações em que, por algum motivo, não é viável ao estudante frequentar as escolas locais. Embora valha para escolas situadas em qualquer país do mundo, a regra afeta sobretudo crianças e adolescentes brasileiros que vivem no Japão, de forma a garantir o direito à educação para esse público.
Pleito – No Japão, o ensino médio não é gratuito, mesmo nos estabelecimentos públicos. Uma proposta em debate no parlamento local propõe a ampliação do subsídio pago a famílias de menor renda, para que arquem com parte das taxas escolares. Alguns deputados locais têm defendido que, como forma de compensação pelo custo maior para o governo japonês, famílias estrangeiras com filhos no país deixem de receber o subsídio. A AEBJ apresentou ao ministro os motivos defendidos para que estrangeiros continuem a receber o benefício.
Avamec – Na reunião, o ministro da Educação reforçou à diretoria da AEBJ que, para a qualificação continuada de professores, o Ministério da Educação incentiva o uso de plataformas abertas aos docentes brasileiros, em qualquer lugar do mundo, seja em escola pública ou privada, como o Ambiente Virtual de Aprendizagem do MEC (Avamec).
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Foto: Ricardo Stuckert/PR