Assembléia no Congresso e em defesa dos indígenas
ábado, 11 Fevereiro 2023 21:35
Assembléia no Congresso e em defesa dos indígenas
Ismar Ramalho comanda um rebanho à frente da Assembléia de Deus do Brasil, que foi fundada em Roraima em 1915, e nestes 107 anos cumpre também papel que além de evangelizar, faz um grande trabalho social, que vem atendendo as comunidades ribeirinhas, indígenas – raízes do estado, onde até mesmo tribos mais afastadas, como é caso do povo Yanomami, que hoje vem infelizmente sofrendo com a desnutrição.
E a Assembleia de Deus tendo força eleitoral mais uma vez ajuda a eleger um deputado federal. Pastor Diniz, que foi eleito, do Congresso ele chama atenção para os reais fatos desta crise humanitária, especialmente vivida pelos indígenas, que mais sofrem pela prática ilegal de garimpo em terras Yanomami, bem como em várias terras em Roraima.
Impedindo ação das igrejas
Neste processo de ajuda, porém, Diniz revela que órgãos responsáveis no cuidar dos índios, e o governo federal, pelo Ministério da Saúde e a FUNAI, obedecendo portaria, hoje, que veda o acesso de religiosos e o uso de imagens com referência a religião por pessoas que entrem nas aldeias.
Para Diniz, tal medida está acendendo um princípio de conflito entre as congregações religiosas e esses órgãos governamentais subsidiados pela União.
Se posicionando contra isto, Pastor diz, que essa ação além de ser inconstitucional, “pois limita a prática da liberdade religiosa, quer restabelecer uma espécie de tutela entre os povos indígenas, no que diz respeito aos modos de pensar, agir e sentir. Vilanizar a ação missionária, e o proselitismo religioso, nas comunidades indígenas nesse momento, é usar de subterfúgios para não encarar os problemas reais que assolam a terra yanomami, ressalta o parlamentar.”
Muito além da Palavra Cristã
O deputado frisa ainda que o trabalho da igreja nas comunidades indígenas, vai além da missão religiosa, atuando também nas áreas de assistência médica, alimentar, dialogando também com a questão cultural.
“O trabalho missionário em terras indígenas historicamente já passou por vários modelos, mas o que essa portaria parece demostrar é que tanto o ministério da Saúde quanto a FUNAI, não estiveram atentos a essas mudanças. De um modelo anterior de imposição de fé, hoje se faz em comunidades indígenas o que chamamos de missão transcultural. A ‘transculturação’ missionária passa pela tradução cultural da religião evangélica à indígena.”
Para Diniz, tanto a cultura do missionário quanto a cultura indígena são vistas como equivalentes, e a religião evangélica é vivenciada dentro da própria cultura indígena. “Portanto, não podemos aceitar esse tipo de ação advinda desses órgãos públicos, sobretudo, eles não estão acima da Lei Mãe (CF), vamos lutar pela revogação dessa portaria, e exigir nossos direitos constitucionais”, destacou o parlamentar.
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Com Assessoria do Deputado PD
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