Começou a 9ª Mostra de Educação Especial da Rede Municipal de Ensino, cujo objetivo é promover o compartilhamento de saberes e aprendizagem dos alunos, por meio de projetos e atividades pedagógicas.

Na sexta-feira, 24, o evento ocorrerá nas escolas rurais e indígenas do município.

Maria Consuêlo Sales, esta ação busca valorizar, divulgar e compartilhar saberes e práticas educacionais inclusivas e possibilitar troca de experiências entre docentes nas ações desenvolvidas na modalidade de Educação Especial.

“Além do acompanhamento com professores especializados, há também as escolas polos e a atualização do material que facilitará o ensino desses estudantes. E hoje, a Educação Especial vem com a 9ª edição da mostra, apresentando o resultado do trabalho que os professores, equipes e alunos fizeram em conjunto ao decorrer do ano”, disse a secretária municipal de Educação e Cultura.

Na Escola Municipal Centenário de Boa Vista a inclusão dos alunos é feita por meio de professores especializados, atividades com o uso da arte terapia e as salas multifuncionais, que segundo a professora Andreia Pereira, é um dos setores mais importantes da unidade de ensino.

“Atendemos crianças com variados tipos de necessidades, fazendo com que se desenvolvam ao ponto de terem mais autonomia, gerando mais qualidade de vida a eles”, explicou.

A professora de Braille, Evânia Carvalho, está dedicada ao acompanhamento da pequena Helena Souza, de 8 anos, durante todo o processo de aprendizado. A docente ressalta o quão crucial o ensino dessa linguagem inclusiva é importante para as escolas, enfatizando que o sistema tátil é essencial para ampliar o conhecimento das crianças com deficiência visual.

“Nós estamos sempre nos adaptando para conseguirmos acompanhar o processo de alfabetização da Helena. A escola e os professores estão sempre em adaptação com novas atividades, trabalhos e ações que possam estar facilitando o ensino e o desenvolvimento da aluna. E na escola Centenário nós temos alcançado frutos do processo de alfabetização com os estudos do Braille”, disse a professora.

O pai de Lara Bianca, 8 anos, expressou satisfação com esse módulo de ensino, destacando seu papel transformador na vida da filha.

“Eu e minha esposa notamos que ela teve um desenvolvimento notório com relação a socialização. Ela entende mais, conversa mais, participa mais. Percebemos que a Educação Especial impactou positivamente a vida dela quanto a nossa”, ressaltou Arthur Bruno.

Educação especial em Boa vista

Atualmente, a Rede Municipal de Ensino conta com 1.601 crianças com deficiência física, intelectual, auditiva ou visual, além de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e altas habilidades. Para atendê-los, 138 professores são especialistas em educação especial, que também desenvolvem diversos projetos em parceria com a comunidade escolar.

ATENDIMENTOS ESPECIALIZADOS

Esses atendimentos acontecem nas Salas de Recursos Multifuncionais, disponíveis em 71 escolas da rede, assim como no Centro de Autismo e no Centro Municipal Integrado de Educação Especial (CMIEE).

É importante destacar que as unidades funcionam mediante encaminhamento da própria escola, por meio de uma ficha de observação a ser preenchida pela família sobre a necessidade daquele aluno que precisa receber atendimento especializado. Após esse processedimento, os profissionais entram em contato com a família para efetização da matrícula.