Ao passar o ‘Dia do Pescador’, que foi celebrado no último dia 29 de junho, a Câmara Legislativa do Distrito Federal – CLDF, pôde colocar em vogue mais que uma homenagem ao ator principal desta atividade, mas, chamar atenção para que no DF possamos ter da pesca algo bem mais do que se tem tido.
A proposta que veio do deputado Pastor Daniel de Castro, tocou ainda no quesito de o DF ter pesca esportiva.
“Esta data é para homenagear os homens e mulheres que dedicam sua vida à árdua missão de extrair dos mares e rios os recursos pesqueiros que alimentam nossas mesas e sustentam a economia de diversas comunidades”, afirmou o parlamentar.
Sendo Castro autor da Lei nº 7.399/2024, que disciplina a prática e a fiscalização da pesca no Lago Paranoá, o distrital lembrou como começou a praticar a atividade, quando um amigo o levou para pescar em meio a uma crise de ansiedade e “beirando a depressão”, há mais de 20 anos.
“No segundo dia, comecei a pegar peixe e esqueci que eu estava triste. Nunca mais veio tristeza e ansiedade”, disse.
Fortalecer aquicultura
O representante da Emater/DF na solenidade, Aramis Beltrami, destacou o aspecto lúdico – “de lazer, descontração e terapia” – da atividade, mas, acrescentou:
“Temos também a produção de renda e a questão da preservação dos recursos hídricos e das paisagens naturais”. Ele informou que a estatal desenvolve uma série de ações para fortalecer a aquicultura no DF, oferecendo capacitação de pessoal, transferência de tecnologia e acesso a crédito.
A coordenadora geral de Territórios Pesqueiros e Integração de Políticas Públicas do Ministério da Pesca e Aquicultura, Kátia Cunha, usou referência bíblica para reforçar a importância de se comemorar o Dia do Pescador:
“Quando Jesus esteve aqui na terra entre nós e foi recrutar o seu primeiro exército, ele não hesitou em chamar os pescadores. Isso tem uma simbologia muito grande para gente; então essa data tem que ser comemorada, sim, em todas as esferas da pesca”. Dirigindo-se ao deputado Pastor Daniel de Castro, ela pediu ajuda em prol da pesca artesanal no Lago Paranoá.
Por sua vez, o superintendente federal de Pesca e Aquicultura do DF, Vitor José de Andrade Junior, disse ter se apaixonado pela pesca apesar de nunca ter pescado. Ao justificar sua afirmação, ele elencou alguns motivos:
“A pesca nos remete à nossa fé, é uma profissão milenar para a qual Jesus deu uma ênfase enorme. Além disso, é algo que eu tenho visto com os meus próprios olhos que muda a vida das pessoas, é uma forma de subsistência”.
Pastor Daniel de Castro também abordou a atividade do pescador na religião cristã:
“A pesca assume um significado profundo na tradição cristã, simbolizando a fé, a obediência, a perseverança e a recompensa. No entanto, o cenário atual da pesca apresenta desafios e responsabilidades que exigem nossa atenção”. E completou: “Que esse dia sirva como um lembrete de que a pesca é uma atividade essencial para nossa alimentação, nossa cultura e nossa economia. Cabe a nós, como sociedade, garantir que ela seja praticada de forma responsável e sustentável”.
Também participaram da solenidade o presidente do Ibram, Rôney Nemer; o representante da Federação Candanga de Pesca Esportiva Elias Cruz, entre outros.
Dia do Pescador
A escolha da data está ligada à religião cristã. Em 29 de junho é celebrado o Dia de São Pedro, considerado o padroeiro dos pescadores.
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Com Denise Caputo – Agência CLDF