OPOSIÇÃO ao Governo Ibaneis apoia greve dos professores, Esquerda diz que falta diálogo
A decretação de greve dos professores da rede pública do DF pela assembleia da categoria na manhã desta terça-feira (27) repercutiu à tarde no plenário da Câmara Legislativa.
Não se base ao certo se, de fato, é solidariedade da Esquerda na Câmara Legislativa ao movimento greve dos professores, ou, apenas, uma marcação de posição em apoio a algo que tem sido discutido, mas, não do jeito que um lado deseja.
Assim, esta terça se teve muito discurso da oposição ao Governo Ibaneis Rocha.
Chico Vigilante (PT), 'um dia chamado de Gambiarra', voltou a pedir da Mesa Diretora abertura de diálogo quando da Galeria sindicalistas gritavam palavra de apoio ao seu movimento, e mais do mesmo, o petista criticou o governador.
“O governador já se antecipou para dizer que a greve é política. Para quem não sabe, o governador começou sua carreira como advogado de sindicatos. Ele sabe que esta não é uma greve política, mas sim por necessidade da categoria. Falta ao governador chefiar uma mesa de negociação para evitar a greve marcada para começar na segunda-feira. Ele precisa começar chamando os professores concursados. É preciso diminuir o número de professores temporários nas escolas”, afirmou o parlamentar.
Para o Psolista, deputado Fábio Félix, o Governo falta com respeito, e diz que professor tem que ser pontual e organizado diante de questões salarias baixas.
(Alguém do Plenário disse, então, que professor é um profissional como qualquer outro e que independente de seus ganhos salariais deve manter seu profissionalismo.)
“São dezenas de milhares de professores enfrentando perda de poder de compra enquanto sofrem cobranças extremas em seu local de trabalho. Precisam ser pontuais e organizados, mas não têm condições salariais mínimas. O governo sequer abriu diálogo para qualquer negociação. Muitos professores estão tirando atestado médico por problemas de saúde mental. É preciso que o governador olhe com respeito para os educadores. Nenhum professor desta cidade queria a greve. É o pior cenário para todos, mas é um instrumento constitucional legítimo, de luta, para os professores lutarem por melhores condições de trabalho”, defendeu.
Tem dinheiro, e se tem...
Segundo o deputado Gabriel Magno (PT), há margem no orçamento para atender às demandas da categoria.
“O governo tem margem fiscal para atender aos professores, o que falta é compromisso político. Estamos 8% abaixo do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, segundo documento público assinado pelo próprio secretário de Economia. Temos quase R$ 3 bilhões de margem fiscal e a proposta dos professores tem um impacto de R$ 1,8 bilhão”, apontou.
Ricardo Vale (PT) também se solidarizou com a categoria.
“O GDF poderia contratar novos professores, o que não faz há muito tempo, mesmo com concurso vigente. Espero que o governo volte a dialogar com a categoria”, afirmou o deputado.
..
Com Eder Wen - Agência CLDF