Nacional

CÂMARA FEDERAL

Até onde vai esta reação do Congresso com 20 projetos contra alta do IOF?

A pergunta é pertinente porque afinal de contas, lembremos, o Presidente da Casa, deputado Hugo Mota tem 'batido' e em seguida 'assoprado'

Por POR JOVEM PAN

27/05/2025 - 09:23

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Governo ainda avalia se manterá mudanças, mas no mesmo dia revogou parte da proposta que previa aumento do Imposto sobre Operações Financeiras sobre fundos no exterior

O Congresso Nacional está em movimento para barrar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciado recentemente pelo governo federal.

Em menos de 24 horas após o anúncio, cerca de 17 Projetos de Decretos Legislativos (PDLs) foram apresentados por parlamentares de diferentes partidos. Esses projetos visam anular o decreto do executivo que prevê o aumento do imposto, argumentando que a medida afetaria negativamente o câmbio, empréstimos, seguros e financiamentos, impactando tanto a população quanto as empresas em um momento de recuperação econômica.

O deputado Joaquim Passarinho, presidente da Frente Parlamentar do Empreendedorismo, destacou a importância do princípio da anualidade, que permite às empresas e investidores se prepararem para mudanças fiscais. Ele criticou o aumento do IOF como um “imposto disfarçado” e ressaltou a necessidade de previsibilidade para a segurança dos negócios.

Após a reação negativa do mercado financeiro, o governo recuou parcialmente, mantendo em zero a alíquota do IOF sobre aplicações de investimentos de fundos nacionais no exterior, que inicialmente seria de 3,5%. No entanto, outras alíquotas permanecem no patamar de 3,5%, justificadas pelo governo como uma forma de equalização entre pessoas físicas e jurídicas.

A insatisfação no Congresso com as políticas econômicas do governo vai além do IOF. O presidente da Câmara, Hugo Motta, criticou a alta do imposto, afirmando que o executivo não pode gastar sem controle e depois transferir a responsabilidade ao Congresso.

Um grupo forte de parlamentares, sem liderança formal, se formou contra qualquer aumento de impostos, defendendo uma economia aberta e liberal.

A reação do Congresso reflete uma resistência crescente a medidas que aumentem a carga tributária, enquanto o governo enfrenta o desafio de equilibrar suas contas sem recorrer a aumentos de impostos.

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*Com informações de Aline Beckety